Destruído por tudo o que via
Um lugar impossível que toda a gente queria
Ninguém acreditava ou sentia
Que o impossível seria
Realidade um dia
Quando passava de uma teoria
A fantasia
Que seria uma horrível Anarquia.
Chamam-lhe rebeldia.
Eu chamo-lhe harmonia
Não é apenas heresia
Acabar com a nossa pseudo-monarquia.
Foi lindo, toda a gente na gritaria
Grita por felicidade e pela simpatia
Mas sempre com a melancolia
Que um dia ia acabar esta poesia
Deixem vir a energia
Deixem dissolver a hierarquia
Ninguém sonhava que existiria
Deus era perfeito mas é o animal que o cria
Cria Deus com que o animal se parecia
Não no corpo mas na maneira como agia
E no meio das montanhas ela nasceria
Lá estava ela linda cheia de alegria
Impossível não era ela, que tão bem crescia
Mas sim o ignorante cuja mente não abria
Tão agarrado ao seu conceito que este lhe mentia
Numa mente que o futuro não chegaria.
Sabem o que eu chamo? Cobardia!
Quem não luta por fobia
à mudança que até o universo arrepia
Senhores do mundo, apresento-vos a Utopia
"Quem não luta por fobia
ResponderExcluirà mudança que até o universo arrepia
Senhores do mundo, apresento-vos a Utopia" - para mim a melhor parte!
E adorei o facto de não teres perdido nunca o sentido mesmo fazendo com que cada estrofe acabasse com as duas palavras "ia" desta tua Utopia.
Tenho-te a dizer que passei aqui de visita no blogue e enquanto idealista de esquerda que sou engracei com o título e com o facto de se tratar de uma poesia. É uma atitude ousada tratar de um conceito tão presente ideologicamente e, pelo menos para mim, tão significante como a Utopia.
ResponderExcluirJá foram vários os textos que li que tratavam este tópico, até eu já me atrevi a tratá-lo, mas por vezes nem um mar de conceitos mentais faz com que consigamos trespassar a verdadeira arte prática e o verdadeiro sentido das nossas palavras.
Tu conseguiste. Parabéns.