domingo, 13 de maio de 2012

Utopia

Destruído por tudo o que via
Um lugar impossível que toda a gente queria
Ninguém acreditava ou sentia
Que o impossível seria
Realidade um dia
Quando passava de uma teoria
A fantasia
Que seria uma horrível Anarquia.

Chamam-lhe rebeldia.
Eu chamo-lhe harmonia
Não é apenas heresia
Acabar com a nossa pseudo-monarquia.
Foi lindo, toda a gente na gritaria
Grita por felicidade e pela simpatia
Mas sempre com a melancolia
Que um dia ia acabar esta poesia

Deixem vir a energia
Deixem dissolver a hierarquia
Ninguém sonhava que existiria
Deus era perfeito mas é o animal que o cria
Cria Deus com que o animal se parecia
Não no corpo mas na maneira como agia
E no meio das montanhas ela nasceria

Lá estava ela linda cheia de alegria
Impossível não era ela, que tão bem crescia
Mas sim o ignorante cuja mente não abria
Tão agarrado ao seu conceito que este lhe mentia
Numa mente que o futuro não chegaria.
Sabem o que eu chamo? Cobardia!
Quem não luta por fobia
à mudança que até o universo arrepia
Senhores do mundo, apresento-vos a Utopia

2 comentários:

  1. "Quem não luta por fobia
    à mudança que até o universo arrepia
    Senhores do mundo, apresento-vos a Utopia" - para mim a melhor parte!
    E adorei o facto de não teres perdido nunca o sentido mesmo fazendo com que cada estrofe acabasse com as duas palavras "ia" desta tua Utopia.

    ResponderExcluir
  2. Tenho-te a dizer que passei aqui de visita no blogue e enquanto idealista de esquerda que sou engracei com o título e com o facto de se tratar de uma poesia. É uma atitude ousada tratar de um conceito tão presente ideologicamente e, pelo menos para mim, tão significante como a Utopia.
    Já foram vários os textos que li que tratavam este tópico, até eu já me atrevi a tratá-lo, mas por vezes nem um mar de conceitos mentais faz com que consigamos trespassar a verdadeira arte prática e o verdadeiro sentido das nossas palavras.
    Tu conseguiste. Parabéns.

    ResponderExcluir