quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A nova democracia


A politica sempre foi fundamental para a evolução da sociedade e do Homem. O mundo viveu a monarquia, república, comunismo, fascismo, etc. O sistema politico mundial
predominante é a democracia. Esta politica do povo foi apelidada como “ a forma
mais justa de politica que o mundo conheceu”. Esta frase sempre me intrigou, é
para mim um desafio, criar algo mais justo. Tentei pensar sobre algo mais justo
e independente que não originasse uma discussão sobre a anarquia, que depois
gerava uma discussão sobre a existência de uma sociedade sem circulação
monetária. E no fim claro, o famoso debate sobre utopias que eu não pretendo
ter para já.
Feita a introdução, imaginemos agora uma nova democracia. Esta última possui um estado que é absolutamente igual ao que temos hoje, em termos gerais, mas com uma pequena diferença. Este estado possui um centro de debate diário, que é constituído por filósofos, economistas, políticos, cidadãos que partilham todo o tipo de visões
e opiniões. Este centro ia substituir o governo. Todos os problemas dos país
iam ser debatidos e consoante as divergentes opiniões de dois em dois meses
eram feitas umas eleições electrónicas, altamente controladas, em que as
pessoas votavam na sua ideia favorita sobre cada problema abordado nos últimos
dois meses. Assim a democracia deixava de ser à base de pessoas mas sim de
ideias. Em vez de um leitor ter que se decidir entre partidos e estereótipos vendo
qual destes tem mais soluções que lhe agradam, pode apenas votar nas soluções
que mais lhe agradam sem ter que, forçosamente, prescindir de umas para pôr em
prática outras. O problema de haver um primeiro - ministro é que este é eleito
consoante a qualidade das suas ideias no momento da campanha, mas depois, os
problemas são outros e ninguém garante que as soluções mantenham a sua
qualidade. Nesta democracia à base de ideias ele não seria eleito, apenas as
suas ideias, e na altura em que as suas ideias se tornassem menos boas, haveria
outro, que se lembraria de uma solução mais eficaz. Cada pessoa tem a sua
especialidade nos problemas que resolve na vida, é irresponsável e imaturo
entregar um país inteiro a um ser humano.
Estas eleições de dois em dois meses podem parecer dispendiosas, mas não seriam de todo, era tudo feito com um sistema de alta segurança electrónico ou, se isso não fosse possível, era feito como as eleições são actualmente. Sempre era menos
dispendioso fazer eleições de dois em dois meses do que ter que pagar todos os
gastos que o governo e partidos concorrentes fazem, quer em campanhas, quer no
seu dia-a-dia. Para além da sua politica, esta nova democracia seria
economicamente mais vantajosa.
É claro que sempre surgiu um problema quanto a este tipo de politica que está acente no facto do povo não ter conhecimento para ver para além do seu bem e pensar num bem maior. Isto só seria possível com uma reformulação profunda do sistema de ensino e das mentalidades. Assim iriamos criar uma geração com base no conhecimento, honestdade e sabedoria.
Sabemos que a politica surgiu como sendo uma ideia e não uma pessoa. Deixemos a necessidade de termos um governo. Assim esta nova democracia é ainda mais democrática
porque, em vez do povo eleger alguém, elege todas as ideias dessa entidade. É
um maior controlo, e estes cidadãos pertencentes ao centro de debate, os
supostos “substitutos do governo” iam-se apenas ocupar de colocar hipóteses de
solução. A mim parece-me um sistema viável, seguro, justo, honesto e evoluído.

2 comentários:

  1. gostei da pseudo critica à ideia utópica.
    ha uma falha muito grande.. a ideia da reunião diaria p discussão política com todo o tipo de pessoas é super interessante.. mas, já que não queres por o sistema monetario de parte, quem paga a essas pessoas? o governo atual é pago com os nossos impostos.. e os ordenados são tão altos para evitar possiveis desvios de interesses... p evitar corrupcão (se eles acontecem à mesma ou não já é outra discussão), como irias justificar a despesa de quem quisesse e lhe aptecesse fosse hoje ou amanhã dizer que acha piada à ideia x e que queria fazer dela um projeto lei? tem que haver um processo de 'pré seleção' onde têm de qualquer forma entrar representantes do povo. não vamos querer projetos sem pés ou cabeça. certo?
    quanto aos projetos leis votados online... não estão de todo mal pensados. temos de nos reger pela maioria sem esquecer a minoria. era um metodo concerteza eficaz, mas teria de ser muito bem pensado e trabalhado a nivel de hackers e blablabla.
    a critica à existência de um primeiro ministro: os tempos mudam e nós temos de nos adaptar. temos o exemplo do nosso país onde face à conjuntura economica em que nos encontramos, nem tudo pode permanecer como o 'prometido'. não apoio, mas tb não condeno, é possível concretizar a tua ideia com uma pessoa no topo. contudo, não deixo de dizer, a ideia de um país sem um rosto governante é aliciante...!
    seria realmente mais viavel num ponto de vista economico as votações online. esquece o como é feito atualmente. custaria sempre 1 dia de trabalho, e 1 dia de trabalho de 2 em 2 meses é muito.
    durante toda a minha leitura procurei o que deixaste para o fim: o ganho de uma consciência política. e acredites ou não, hj na minha aulinha de português escrevi duas paginas sobre sistemas de ensino e mudanças de mentalidade.
    quanto a este ponto não tenho muito a acrescentar.. temos realmente de ver muito mais para além. preocupar mo nos com o outro tambem.
    concluo... não estamos preparados para agir em sociedade conjunta, sem governo. seria o descalabre total, cada um por si. um nacionalismo personificado. mas com o tempo, com a mudança de cultura, conhecimento, mentalidade, why not? bem estruturado parece viavel.. mas tb parece fácil governar um país!

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  2. Essas pessoas seriam seleccionadas e todos os anos havia renovações(ou não). Eram pagas com o dinheiro que hoje se gasta em despesas com o governo e ainda restava muito.
    Quanto ao segundo ponto eu referi que, se não fosse possível criar eleições de alta-tecnologia impossíveis de penetrar por hackers, seriam realizadas eleições normais.
    "(...)mas não seriam de todo, era tudo feito com um sistema de alta segurança electrónico ou, se isso não fosse possível, era feito como as eleições são actualmente."

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